O Rapazinho e a Estrela
Era uma vez uma estrela do mar que trocou o oceano
pelo rio, mesmo sabendo os riscos que correria. A sua cor deixou de brilhar
devido à falta de água salgada, mas a sua alegria era contagiante.
Numa manhã de sábado, enquanto nadava ao ritmo da maré
e aproveitando a corrente, avistou um rapazinho que se tinha atirado em forma
de mergulho do seu veleiro, para a água. Quando se aproximou, reparou que algo
não estava bem, pois ele ficou algum tempo deitado no fundo do rio. Aproximou-se
e viu que estava magoado num pé, então deu-lhe uma ajuda até à margem, onde
havia um areal.
O rapazinho era muito bonito e muito conversador,
tendo a estrela do mar ficado encantada com a conversa que estavam a ter. A
estrela do mar já imaginava uma grande amizade, pois na verdade sentia-se um
pouco sozinha. Contudo, uma questão a preocupava, ela precisava de água para
viver e o rapazinho de terra.
Enquanto pensava nisso, ouviu uma voz a chamar pelo
rapazinho e apercebendo-se da presença de mais pessoas. Nadou até se poder
camuflar. E agora? Pensou ela, como o vou poder conhecer melhor?
O rapazinho sentindo-se muito contente, pediu aos seus
pais para ficar a brincar junto à margem, com o objetivo de encontrar a estrela,
pois esse seria o seu segredo.
A um dado momento, a água do rio ficou brilhante e a
estrela voltou a aparecer.
- Sinto-me tão bem que voltei a brilhar! - disse a
estrela.
O rapazinho prometeu à estrela que sempre que
navegasse iria estar atento ao rasto na água, pois a sua cor era inconfundível.
Por sua vez, a estrela prometeu comunicar com o rapazinho, através de sinais
luminosos.
A partir daquele dia, todas as noites, o rapazinho lembrava-se
da amiga luminosa e da amizade tão pura e verdadeira que lhe ensinara que nas
verdadeiras amizades não necessitamos estar fisicamente sempre juntos. Vivemos
nos corações uns dos outros.
Gaspar Fernandes
A girafa e o Gato
Num dia de sol, na savana africana onde
tudo era quente, apareceu um gato. Era o Cookie, um gato brincalhão e comilão.
O Cookie chegou à Savana e ficou com calor já que tudo era quente e ele também
tinha um pelo quente e macio. O Cookie só queria pelo menos uma gotinha
PEQUENINA de água. Avistou uma Girafa.
A
Girafa Cláudia era uma Girafa muito amável e muito preocupada com os outros
animais. Quando, reparou que o Cookie estava cheio de sede e magrinho foi falar
com ele…
- Olá, eu sou a Girafa Cláudia! Estava
longe, mas reparei que és um gato que está cheio de sede e magrinho. – disse a
Girafa Cláudia.
- Olá, chamo-me Cookie. Sim, sou um gato. Viajei
para a savana e ando há dias à procura de um abrigo… posso perguntar-te uma
coisa? – disse o Cookie.
- Claro, diz lá. – Cláudia respondeu.
- Bem, como vês, eu estou magrinho…com
sede… Queria perguntar-te se tens água e comida.
- Claro. Vou levar-te ao nosso refeitório.
Há comidas e sumos deliciosos lá. MAS, NÃO COMAS TUDO NO REFEITÓRIO, OK?!-
disse a Cláudia a rir-se.
- Hahaha! Ok, vou tentar. - respondeu
Cookie.
E lá foram os dois juntos para o
refeitório. Cookie ficou espantado com a comida e sumos que havia. Ficou com
água na boca. A Cláudia disse-lhe:
- Come o que quiseres!
Naquela comunidade, apesar de serem todos
diferentes, todos eram respeitados e todos se ajudavam… Girafas, Gatos,
Elefantes
Vitória, Vitória acabou-se a História! J
Matilde Arezes
Era
uma vez um golfinho chamado Walli que andava perdido no oceano. Estava sozinho
sem familia e sem amigos.
Depois de muitos dias e noites a nadar, começou a
ficar cansado e resolveu parar para descansar um bocadinho. O Walli estava tão
cansado que dormiu vinte horas seguidas, mas acordou de repente quando sentiu
alguém encostado a si. Era um cavalo-marinho, que dormia tranquilo ao seu lado.
O
pequeno cavalo-marinho começou a despertar lentamente e ficou a olhar para o
golfinho que também o olhava espantado.
-
Olá, eu sou a Pipa. - disse o cavalo-marinho
-Olá,
eu sou o Walli. Por que razão é que estavas a dormir ao meu lado? - perguntou o
Walli curioso.
-Porque
quando te vi ali a dormir, parecias cansado e resolvi tomar conta de ti. Não
fosse acontecer algo e precisasses de ajuda. - Explicou o pequeno
cavalo-marinho muito orgulhoso da sua atitude.
O
Walli quando ouviu a sua explicação ficou emocionado e disse:
-
Sabes, Pipa, ando sozinho pelos ocenos há muito tempo e parece que arranjei um
amigo, quando estava a dormir. Ficaste ao meu lado para me proteger e isso é o
que os amigos fazem.
-
Sim é verdade! - disse a Pipa - Eu queria ser tua amiga, porque também não
tenho amigos!
Assim
começou uma bonita amizade. Às vezes, quando menos esperamos, encontramos
amigos de verdade. Ser amigo é gostarmos de alguém e queremos o seu bem.
***** Pozinhos de perlim-pim-pim esta história chegou ao fim!! *****
Rodrigo Sousa
Era uma
vez dois porquinhos da índia, um chamava-se Bolinha e o outro Amendoim.
Numa
tarde quente de primavera, na selva, os animais reuniram-se para celebrar a 36ª
edição da festa do «Presente amigo».
-Este
ano realizamos a 36ª edição da festa do «Presente amigo» e como é hábito todos
vamos oferecer um presente de grande valor aquele que cada um de nos achou que
foi o seu melhor amigo, durante este último ano. - disse o Leão que era o rei
da selva e senhor de uma grande fortuna. -Todos os animais devem fazer um
grande círculo e no centro deixar os seus presentes. Depois, o animal com mais
e melhores presentes será coroado com o honroso título de 1º-AMIGO. - acrescentou
o Leão.
-Sr Leão, posso dar-lhe uma palavrinha em
particular? -perguntou o macaco timidamente -Sendo eu novo aqui, na selva,
entristece-me oferecer um presente tão pobre como este ramo de flores, mas é
tudo o que posso dar por agora.
-Ah, ah, ah. - riu o leão. - Qualquer
um podia colher essas flores! Mas está bem! Eu só não espero ser eleito 1º
AMIGO com um presente tão simplório.
E dirigiu-se para o centro do círculo,
onde pousou o seu presente, uma escultura em cristal, convencido de que seria
novamente eleito, como já vinha acontecendo há várias anos.
-Não fiques triste! - disse o elefante
que sem querer tinha ouvido parte da conversa. - É um lindo arranjo! Tenho a
certeza que perdeste muito tempo a prepará-lo. Não faças caso do Leão! Ele nem
se apercebeu que te feriu! Mais cedo ou mais tarde, ele vai cair em si, até
porque não é mau tipo.
E
dirigiram-se para os seus lugares no grande círculo.
-Eu vou oferecer estas lindas luvas ao
macaco em jeito de agradecimento pela sua ajuda no concerto do telhado da minha
casa no inverno. - disse a raposa.
-O meu presente vai para o macaco. É um
casaco feito com a minha própria lã, é uma simples oferta pela sua enorme ajuda
aquando da minha constipação. - declarou a ovelha.
Foi a vez do elefante ir ao círculo.
- Vocês sabem que eu não sou rico, sou
remediado e vejo este nosso amigo, o macaco, a passar necessidades, mesmo
depois de nos ajudar, sempre sem nada pedir em troca. Como foi no caso da
restauração da minha pequena casa do lago, por isso tomei a decisão de não a
vender e deixar o macaco viver lá o tempo que quiser.
O macaco emocionado dirigiu-se para o
centro do círculo.
-Meus amigos, obrigado a todos por
estes maravilhosos presentes! Hoje, posso afirmar que quem tem amigos como
vocês não é realmente pobre. O meu presente vai para o leão. Eu sei que não é
muito, mas é oferecido com muita amizade. O seu convite para que eu integrasse
esta comunidade, foi um grande presente. Obrigado! - disse o macaco.
-Todos os anos chega a altura em que
tenho o privilegio de anunciar o vencedor do título de 1º AMIGO. - declarou o Leão.
- Mas não, sem antes dizer que na vida a aprendizagem é uma constante e que,
hoje, aqui, aprendi que o nosso tempo e a nossa ajuda é a oferta mais preciosa.
Hoje cedo, neste ramo que seguro, via uma oferta sem grande valor, agora acho
que é o melhor presente da festa. O título de 1º AMIGO deste ano vai sem
surpresa para o amigo macaco!
Todos os
participantes se levantaram e aplaudiram com entusiasmo o macaco.
Francisco
Gonçalves
Bolinha e Amendoim
Era uma
vez dois porquinhos da índia, um chamava-se Bolinha e o outro Amendoim.
O
Amendoim estava-se sempre no brincadeira e a fazer asneiras. Era muito
convencido e até arrogante. A Bolinha era muito bonita, sensível e bem
comportada .
-
Sai daqui! - gritou o Amendoim.
-Por que é que eu tenho de sair?- disse a
Bolinha enquanto alisava o seu pelo.
-Eu
sou melhor do que tu ! - disse o Amendoim.
-
Quem é disse? – perguntou a Bolinha, agora a sorrir docemente.
-Eu sei mais do que tu !-disse o Amendoim a
amar-se
-Então
se sabes tanto quanto é que 2x2? O que é um sismo? Já viste um tubarão?-
perguntou a Bolinha
-Eu
não preciso de dizer nada! – resmungou o Amendoim que não estava a gostar nada
daquela conversa.
-Eu
vou-te ajudar. Toda as pessoas precisam de ajuda mesmo as que sabem TUDO! Vêm
comigo à biblioteca. Vamos ler uns livros e aprender.
Amendoim
ainda pensou resistir, mas quem podia resistir ao charme e à doçura da Bolinha?
Leonor Castro
O LEÃO SABICHÃO E O SEU AMIGO DRAGÃO
Certo dia, estava o Sr. Leão, Rei da
Selva, a conversar com seus companheiros da selva e como era habitual estava a
defender com entusiasmo o seu ponto de vista.
- Animais, meus amigos, vou ensinar-vos a
caçar presas. Têm de fazer como eu, correr muito para as apanhar.
Os animais ouviam o leão com muita
atenção, mas alguns não percebiam, porque razão tinham de fazer o mesmo.
De repente, no meio da multidão, um
dragão azul e branco disse:
- Desculpe Sr. Leão, mas eu não apanho
assim as minhas presas! Penso que se pode caçar de outra maneira.
- Então como fazes? - perguntou o Leão
desconfiado.
- Eu escondo-me e depois, quando elas
passam perto de mim, eu abro a minha boca, lanço fogo e apanho-as. Assim já vêm
cozinhadas.
Todos ficaram admirados com a coragem do
Dragão que desafiou o Leão.
- Nós não temos de agir como o Sr. Leão
! - disse o Dragão.
- Achas que me desafias, Dragão ? Eu
tenho sempre razão!
- Sr. Leão, respeito-o, mas tem que
admitir que nem todos somos iguais e que cada um faz as coisas à sua maneira. Isso
não quer dizer que esteja errado. – argumentou calmamente o Dragão.
Ficou um profundo silêncio na selva e o
Sr. Leão ficou pensativo...
-Uh...Vou pensar assunto. Talvez tenhas
razão. Somos diferentes e podemos fazer as coisas de forma diferente.
Diferente, não significa que seja errado. - disse o Leão.
O Dragão sorriu, afinal o Leão sabichão
tinha percebido que todos temos a nossa razão.
Tiago
Silva
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