terça-feira, 26 de maio de 2020

As vossas histórias II




O Rapazinho e a Estrela

Era uma vez uma estrela do mar que trocou o oceano pelo rio, mesmo sabendo os riscos que correria. A sua cor deixou de brilhar devido à falta de água salgada, mas a sua alegria era contagiante.

Numa manhã de sábado, enquanto nadava ao ritmo da maré e aproveitando a corrente, avistou um rapazinho que se tinha atirado em forma de mergulho do seu veleiro, para a água. Quando se aproximou, reparou que algo não estava bem, pois ele ficou algum tempo deitado no fundo do rio. Aproximou-se e viu que estava magoado num pé, então deu-lhe uma ajuda até à margem, onde havia um areal.

O rapazinho era muito bonito e muito conversador, tendo a estrela do mar ficado encantada com a conversa que estavam a ter. A estrela do mar já imaginava uma grande amizade, pois na verdade sentia-se um pouco sozinha. Contudo, uma questão a preocupava, ela precisava de água para viver e o rapazinho de terra.

Enquanto pensava nisso, ouviu uma voz a chamar pelo rapazinho e apercebendo-se da presença de mais pessoas. Nadou até se poder camuflar. E agora? Pensou ela, como o vou poder conhecer melhor?

O rapazinho sentindo-se muito contente, pediu aos seus pais para ficar a brincar junto à margem, com o objetivo de encontrar a estrela, pois esse seria o seu segredo.

A um dado momento, a água do rio ficou brilhante e a estrela voltou a aparecer.

- Sinto-me tão bem que voltei a brilhar! - disse a estrela.

O rapazinho prometeu à estrela que sempre que navegasse iria estar atento ao rasto na água, pois a sua cor era inconfundível. Por sua vez, a estrela prometeu comunicar com o rapazinho, através de sinais luminosos.

A partir daquele dia, todas as noites, o rapazinho lembrava-se da amiga luminosa e da amizade tão pura e verdadeira que lhe ensinara que nas verdadeiras amizades não necessitamos estar fisicamente sempre juntos. Vivemos nos corações uns dos outros.

Gaspar Fernandes



A girafa e o Gato

Num dia de sol, na savana africana onde tudo era quente, apareceu um gato. Era o Cookie, um gato brincalhão e comilão. O Cookie chegou à Savana e ficou com calor já que tudo era quente e ele também tinha um pelo quente e macio. O Cookie só queria pelo menos uma gotinha PEQUENINA de água. Avistou uma Girafa.
 A Girafa Cláudia era uma Girafa muito amável e muito preocupada com os outros animais. Quando, reparou que o Cookie estava cheio de sede e magrinho foi falar com ele…
- Olá, eu sou a Girafa Cláudia! Estava longe, mas reparei que és um gato que está cheio de sede e magrinho. – disse a Girafa Cláudia.
- Olá, chamo-me Cookie. Sim, sou um gato. Viajei para a savana e ando há dias à procura de um abrigo… posso perguntar-te uma coisa? – disse o Cookie.
- Claro, diz lá. – Cláudia respondeu.
- Bem, como vês, eu estou magrinho…com sede… Queria perguntar-te se tens água e comida.
- Claro. Vou levar-te ao nosso refeitório. Há comidas e sumos deliciosos lá. MAS, NÃO COMAS TUDO NO REFEITÓRIO, OK?!- disse a Cláudia a rir-se.
- Hahaha! Ok, vou tentar. - respondeu Cookie.
E lá foram os dois juntos para o refeitório. Cookie ficou espantado com a comida e sumos que havia. Ficou com água na boca. A Cláudia disse-lhe:
- Come o que quiseres!
Naquela comunidade, apesar de serem todos diferentes, todos eram respeitados e todos se ajudavam… Girafas, Gatos, Elefantes
Vitória, Vitória acabou-se a História! J
Matilde Arezes



 O golfinho e o cavalo-marinho

                Era uma vez um golfinho chamado Walli que andava perdido no oceano. Estava sozinho sem familia e sem amigos.

                Depois de muitos dias e noites a nadar, começou a ficar cansado e resolveu parar para descansar um bocadinho. O Walli estava tão cansado que dormiu vinte horas seguidas, mas acordou de repente quando sentiu alguém encostado a si. Era um cavalo-marinho, que dormia tranquilo ao seu lado.
                - Mas quem é este pequenote? - perguntou o Walli sem perceber como fora ali parar o cavalo-marinho.
                O pequeno cavalo-marinho começou a despertar lentamente e ficou a olhar para o golfinho que também o olhava espantado.
                - Olá, eu sou a Pipa. - disse o cavalo-marinho
                -Olá, eu sou o Walli. Por que razão é que estavas a dormir ao meu lado? - perguntou o Walli curioso.
                -Porque quando te vi ali a dormir, parecias cansado e resolvi tomar conta de ti. Não fosse acontecer algo e precisasses de ajuda. - Explicou o pequeno cavalo-marinho muito orgulhoso da sua atitude.
                O Walli quando ouviu a sua explicação ficou emocionado e disse:
                - Sabes, Pipa, ando sozinho pelos ocenos há muito tempo e parece que arranjei um amigo, quando estava a dormir. Ficaste ao meu lado para me proteger e isso é o que os amigos fazem.
                - Sim é verdade! - disse a Pipa - Eu queria ser tua amiga, porque também não tenho amigos!
                Assim começou uma bonita amizade. Às vezes, quando menos esperamos, encontramos amigos de verdade. Ser amigo é gostarmos de alguém e queremos o seu bem.
***** Pozinhos de perlim-pim-pim esta história chegou ao fim!! *****

Rodrigo Sousa





            Numa tarde quente de primavera, na selva, os animais reuniram-se para celebrar a 36ª edição da festa do «Presente amigo».
            -Este ano realizamos a 36ª edição da festa do «Presente amigo» e como é hábito todos vamos oferecer um presente de grande valor aquele que cada um de nos achou que foi o seu melhor amigo, durante este último ano. - disse o Leão que era o rei da selva e senhor de uma grande fortuna. -Todos os animais devem fazer um grande círculo e no centro deixar os seus presentes. Depois, o animal com mais e melhores presentes será coroado com o honroso título de 1º-AMIGO. - acrescentou o Leão.
-Sr Leão, posso dar-lhe uma palavrinha em particular? -perguntou o macaco timidamente -Sendo eu novo aqui, na selva, entristece-me oferecer um presente tão pobre como este ramo de flores, mas é tudo o que posso dar por agora.
            -Ah, ah, ah. - riu o leão. - Qualquer um podia colher essas flores! Mas está bem! Eu só não espero ser eleito 1º AMIGO com um presente tão simplório.
E dirigiu-se para o centro do círculo, onde pousou o seu presente, uma escultura em cristal, convencido de que seria novamente eleito, como já vinha acontecendo há várias anos.
-Não fiques triste! - disse o elefante que sem querer tinha ouvido parte da conversa. - É um lindo arranjo! Tenho a certeza que perdeste muito tempo a prepará-lo. Não faças caso do Leão! Ele nem se apercebeu que te feriu! Mais cedo ou mais tarde, ele vai cair em si, até porque não é mau tipo.
 E dirigiram-se para os seus lugares no grande círculo.
            -Eu vou oferecer estas lindas luvas ao macaco em jeito de agradecimento pela sua ajuda no concerto do telhado da minha casa no inverno. - disse a raposa.
            -O meu presente vai para o macaco. É um casaco feito com a minha própria lã, é uma simples oferta pela sua enorme ajuda aquando da minha constipação. - declarou a ovelha.
Foi a vez do elefante ir ao círculo.
- Vocês sabem que eu não sou rico, sou remediado e vejo este nosso amigo, o macaco, a passar necessidades, mesmo depois de nos ajudar, sempre sem nada pedir em troca. Como foi no caso da restauração da minha pequena casa do lago, por isso tomei a decisão de não a vender e deixar o macaco viver lá o tempo que quiser.
O macaco emocionado dirigiu-se para o centro do círculo.
        -Meus amigos, obrigado a todos por estes maravilhosos presentes! Hoje, posso afirmar que quem tem amigos como vocês não é realmente pobre. O meu presente vai para o leão. Eu sei que não é muito, mas é oferecido com muita amizade. O seu convite para que eu integrasse esta comunidade, foi um grande presente. Obrigado! - disse o macaco.
            -Todos os anos chega a altura em que tenho o privilegio de anunciar o vencedor do título de 1º AMIGO. - declarou o Leão. - Mas não, sem antes dizer que na vida a aprendizagem é uma constante e que, hoje, aqui, aprendi que o nosso tempo e a nossa ajuda é a oferta mais preciosa. Hoje cedo, neste ramo que seguro, via uma oferta sem grande valor, agora acho que é o melhor presente da festa. O título de 1º AMIGO deste ano vai sem surpresa para o amigo macaco!
            Todos os participantes se levantaram e aplaudiram com entusiasmo o macaco.
Francisco Gonçalves


Bolinha e Amendoim

Era uma vez dois porquinhos da índia, um chamava-se Bolinha e o outro Amendoim.

O Amendoim estava-se sempre no brincadeira e a fazer asneiras. Era muito convencido e até arrogante. A Bolinha era muito bonita, sensível e bem comportada .
- Sai daqui! - gritou o Amendoim.
 -Por que é que eu tenho de sair?- disse a Bolinha enquanto alisava o seu pelo.
-Eu sou melhor do que tu ! - disse o Amendoim.
- Quem é disse? – perguntou a Bolinha, agora a sorrir docemente.
 -Eu sei mais do que tu !-disse o Amendoim a amar-se
-Então se sabes tanto quanto é que 2x2? O que é um sismo? Já viste um tubarão?- perguntou a Bolinha
-Eu não preciso de dizer nada! – resmungou o Amendoim que não estava a gostar nada daquela conversa.
-Eu vou-te ajudar. Toda as pessoas precisam de ajuda mesmo as que sabem TUDO!   Vêm comigo à biblioteca. Vamos ler uns livros e aprender.   
Amendoim ainda pensou resistir, mas quem podia resistir ao charme e à doçura da Bolinha?

Leonor Castro


O LEÃO SABICHÃO E O SEU AMIGO DRAGÃO

 Certo dia, estava o Sr. Leão, Rei da Selva, a conversar com seus companheiros da selva e como era habitual estava a defender com entusiasmo o seu ponto de vista.
 - Animais, meus amigos, vou ensinar-vos a caçar presas. Têm de fazer como eu, correr muito para as apanhar.
 Os animais ouviam o leão com muita atenção, mas alguns não percebiam, porque razão tinham de fazer o mesmo.
 De repente, no meio da multidão, um dragão azul e branco disse:
 - Desculpe Sr. Leão, mas eu não apanho assim as minhas presas! Penso que se pode caçar de outra maneira.
 - Então como fazes? - perguntou o Leão desconfiado.
 - Eu escondo-me e depois, quando elas passam perto de mim, eu abro a minha boca, lanço fogo e apanho-as. Assim já vêm cozinhadas.
 Todos ficaram admirados com a coragem do Dragão que desafiou o Leão.
 - Nós não temos de agir como o Sr. Leão ! - disse o Dragão.
 - Achas que me desafias, Dragão ? Eu tenho sempre razão!
 - Sr. Leão, respeito-o, mas tem que admitir que nem todos somos iguais e que cada um faz as coisas à sua maneira. Isso não quer dizer que esteja errado. – argumentou calmamente o Dragão.
  Ficou um profundo silêncio na selva e o Sr. Leão ficou pensativo...
  -Uh...Vou pensar assunto. Talvez tenhas razão. Somos diferentes e podemos fazer as coisas de forma diferente. Diferente, não significa que seja errado. - disse o Leão.
  O Dragão sorriu, afinal o Leão sabichão tinha percebido que todos temos a nossa razão.
Tiago Silva 



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