O Dragão Damião e o Arco-Íris
Era uma vez um dragão que vivia num
castelo abandonado, na Terra dos Dragões Cinzentos. Chamava-se Damião, era
baixo e rechonchudo. Para além de ser gordinho, tinha uma caraterística que o
distinguia dos restantes dragões que ali moravam. O Damião era roxo, por isso,
era gozado por todos na terra.
Ele sentia-se triste e diferente. Achava que
não era um verdadeiro dragão, forte e cinzento como todos os outros, mas aquilo
que realmente o deixava triste era a sua cor roxa.
- Mas porque é que eu nasci assim, com esta cor
roxa? Porque é que não sou da mesma cor que todos os outros dragões que
conheço? – chorava o dragão Damião, muito desgostoso com a sua situação.
Até que um dia, do alto da torre do castelo,
olhou para o horizonte e viu um Arco-Íris como nunca tinha visto. De repente,
ouviu uma voz que lhe disse:
- Olá, Damião!
- Olá! Quem está a falar comigo? – perguntou o
Damião muito assustado.
- Sou eu! Aqui! Estou mesmo à tua frente. –
disse o Arco-Íris.
- Oh! Desculpa! Não te estava a ver! Os meus
olhos quase cegaram com as tuas cores brilhantes. – explicou o Damião enquanto
esfregava os olhos.
- Ah! Ah! Ah! É normal! Eu sou o Arco-Íris mais
colorido e brilhante de todo o planeta… sabes porque estou a falar contigo?
- Não! – disse o Damião admirado.
- Como nunca saíste desta terra, vou levar-te
comigo numa viagem. Vais conhecer uma terra fantástica. Vem comigo! Segue-me!
E assim fez o Damião. Seguiu o Arco-Íris até ao
seu fim, onde as cores terminavam no chão, e quando olhou à sua volta, nem
queria acreditar no que estava a ver… Dragões de todas as cores e tamanhos!
- Bem-vindo à Terra dos Dragões Coloridos! –
exclamou o Arco-Íris.
- Mas que terra cheia de cor! – disse o Damião
pasmado.
- Como podes ver, aqui todos são diferentes! E
todos se respeitam! – afirmou o Arco-Íris.
- Estou admirado! Pensei que só havia dragões
cinzentos, fortes e valentes! Na minha terra, sou o único de cor roxa. Sou
baixo, gordo e não tenho a coragem de um verdadeiro dragão, por isso, todos gozam
comigo. – disse o Damião um pouco triste.
- Não fiques triste! Olha à tua volta! Olha
para aquele dragão verde! Já viste como coxeia da perna esquerda? E aquele ali,
tão alto? Sempre que quer entrar em algum sítio tem de baixar a cabeça para não
bater com ela!
- Realmente, eles também têm as suas
dificuldades! Tal como eu… São diferentes…
- Pois são! Mas sabes o que é que os distingue
realmente de ti? – perguntou o Arco-Íris.
- Um é coxo e o outro é alto? – perguntou o
Damião.
- Não! Enquanto tu vives triste e angustiado
por causa daquilo que os outros possam pensar de ti, eles não querem saber,
pois vivem felizes tal como são. – explicou o Arco-Íris.
E naquele momento os olhos do Damião
iluminaram-se. Finalmente tinha percebido que os dragões não tinham de ser
todos iguais, cinzentos e valentes.
Ali, na Terra dos Dragões Coloridos, todos eram
diferentes e todos viviam felizes, porque era com as diferenças que aprendiam a
respeitarem-se uns aos outros.
«Um dia destes venho viver para aqui», pensava
o Damião ao mesmo tempo que dizia adeus ao Arco-Íris. «Agora vou regressar ao
meu castelo abandonado, e vou viver feliz tal como sou».
E enquanto regressava a casa, desapareceu por
entre as montanhas a cantar:
«Sou o Dragão Damião, sou roxo e gorducho
Não sou muito valente, mas gosto muito de ser
como sou!»
Vitória, vitória, acabou a história!
Era
uma vez um polvo que vivia sozinho numa gruta rodeada de corais arco-íris. Esse
polvo achava que tinha tudo, mas na verdade só tinha a gruta, a sua cama, as
maravilhosas pérolas dos mares, alguns tesouros abandonados no mar que ele
recolheu nas suas viagens, alimento e uns belos corais.
Um
dia enquanto tomava o pequeno-almoço o polvo ouviu bater à porta .Truz, truz,
truz, truz!!!!!!!!!
-Quem é?-perguntou o polvo espantado, porque não era
habitual ter visitas.
- Sou o peixe Pedro e gostava muito de conversar contigo
e de ser teu amigo.
-Nem
pensar! Eu não preciso de um amigo! Já tenho tudo o que preciso… tenho a gruta,
a cama, as maravilhosas pérolas dos mares, tesouros, alimento e corais. – disse o polvo com um ar convencido e altivo.
-Tens a certeza? - disse o peixe
Pedro. - Olha que um amigo faz falta a toda a gente.
-Tenho a certeza, agora
desaparece da minha vista antes que eu te coma. - dizendo isto, o polvo fechou
a porta com um estrondo.
Depois sentou-se na sua poltrona, pensativo, e
só se lembrava do peixe e na desilusão que ele deveria ter sentido.
Na verdade o polvo sentia-se
triste e sozinho, mas nunca tinha pensado muito nisso e aquele peixe despertou-lhe
esse pensamento. Ganhou coragem e saiu da gruta à procura do pobre peixe.
Fartou-se de chamar por ele e para seu espanto o peixe apareceu.
-Mudaste de ideias? - disse o
peixe Pedro. - Não tens nada para me dizer?
- Desculpa peixe. Estive a pensar
e na realidade tudo o que eu tenho não me faz feliz porque na verdade eu não
tenho o mais importante, não tenho um amigo para conversar e brincar…
-Nesse caso podemos ser amigos. -
disse o peixe Pedro entusiasmado.
-Sim! - concordou o polvo.
-Olha queres ir jantar a minha
casa?- perguntou o polvo.
- Eu quero, mas não me vais comer ? - disse o peixe em tom de brincadeira!
- E lá formam os dois muito animados
a rodopiar e a cantarolar.
Uma História de Encantar
Era uma vez uma bela menina que passava a vida, na sua torre de vigia. Estava
assim confinada apenas a um pequeno espaço no cimo da torre, mas que tinha uma bela
vista. Do lado virado para o monte, vislumbrava um recatado mosteiro, onde
todos os dias acordava o Sol. Do outro lado da torre, via ao longe o mar com
barquinhos a navegar.
Todos os belos dias, passava a escova pelo cabelo, tempos sem fim. Tinha
cabelos longos e sedosos cor do fogo, os olhos eram como amêndoas num tom de
duas cores, os lábios encarnados como gelado de morango e usava um vestido num
azul sulfato, que lhe encaixava como num manequim.
Mas, enquanto
escovava o cabelo, suspirou cansada dos seus dias sempre iguais, e foi então
que vislumbrou, no sopé da colina verdejante, um belo rapaz a trote no seu
cavalo. Quando ele passava junto da torre, disse:
- Rapaz! Podes-me
trazer qualquer coisa para animar o meu dia?
O rapaz, olhou-a pelo canto do olho e
elevando a cabeça na direção da torre, num breve movimento da mão, orientou o
seu cavalo amigo, para perto, e disse:
- Que posso
fazer para isso acontecer?
Então a bela
menina, disse-lhe que desejava ver os locais até onde a levavam os seus olhos
na paisagem, e conhecer um pouco do mundo que até ali ainda não conhecera. E o
Belo jovem ajudou a menina a descer da sua torre, a montar o cavalo e partiram
para a aventura, pois a jovem tinha encontrado um bom amigo.
Duarte Afonso
A
princesa das Trevas e a bruxa Lulu
Numa
galáxia muito distante existia um rei e uma rainha, chamados Afonso e Luana,
que deram à luz uma princesa. Era uma princesa muito diferente das outras, ela
estava sempre com um ar meio… aterrador e os pais ficavam dia e noite acordados
a pensar num modo de descobrir o que lhe tinha acontecido.
Um dia
tiveram uma grande ideia! Pediram aos guardas reais para correrem o mundo à
procura de alguém que conseguisse perceber o que tinha acontecido à princesa.
Depois de duas semanas, o rei e a rainha decidiram que só iam escolher o nome
da princesinha quando ela fizesse 10 meses, porque só então saberiam se ela ia
ficar para sempre com aquele rosto aterrador. Passaram-se tempos e mais tempos
e a princesa finalmente fez 10 meses, o que significava que o rei Afonso e a
rainha Luana tinham de finalmente decidir o nome dela. Como a pequena princesa
continuava com um rosto assustador, os reis decidiram dar-lhe o nome de
Princesa das Trevas.
Passaram-se
anos e anos e a Princesa das Trevas fez finalmente 18 anos. Durante a sua festa
aterradora, os guardas finalmente chegaram. O rei e a rainha ficaram
impressionados, quando viram que os guardas reais tinham trazido uma bruxa mal-amanhada
e perguntaram se a tinham levado para a pôr nas masmorras, porque as bruxas
normalmente enfeitiçam as pessoas. Os guardas disseram que finalmente tinham encontrado
a pessoa certa para descobrir o que tinha a princesa. Os reis perguntaram então
à bruxa:
- Como
te chamas?
- Chamo-me
Bruxa Lulu. – respondeu a bruxa.
A bruxa
Lulu disse à Princesa para a levar ao seu quarto, porque só assim poderia
analisar a situação.
Quando
a Lulu viu o quarto da Princesa das Trevas ficou assustada. Eram livros de
feitiços, caldeirões, uma grande coleção de varinhas, várias poções, etc. A
bruxa tirou logo uma conclusão: a Princesa das Trevas era realmente uma
princesa, mas uma princesa má, como as bruxas, porque nem todas as princesas
são boas. Os reis não conseguiam acreditar no que ouviam, então
perguntaram-lhe:
- E por
que razão deveríamos acreditar numa bruxa?
- Pois,
porque nem todas as bruxas são más, e eu sou uma delas. Eu posso ter o corpo de
uma bruxa, mas a atitude de uma princesa.
Desde
então, o rei Afonso e a rainha Luana, com muito amor, paciência e persistência,
começaram a educar a Princesa das Trevas a ter as atitudes de uma princesa.
E COM POZINHOS DE PERLIMPIMPIM, A
NOSSA HISTÓRIA CHEGOU AO FIM
Luna Oliveira
O lince
e o papagaio
Era
uma vez um belo lince que vivia num jardim zoológico. Quando saía do seu covil,
os visitantes que por lá passavam exclamavam:
- Oh,
que lindo!
Estas
palavras eram ditas várias vezes ao longo do dia e ele ficava cada vez mais
vaidoso e convencido.
Certo
dia, ao passear pelo jardim, viu uma multidão que observava um papagaio com
muita admiração. O lince ficou irritado e ficou com ciúmes. Ele pensou que
era bem mais bonito e interessante do que o seu amigo. Ele ficou a espreitar e
viu que as pessoas achavam graça ao papagaio, porque ele repetia todas as
palavras que elas diziam. As pessoas aplaudiam com muito entusiasmo, como nunca
ninguém o tinha feito ao vê-lo.
Saiu
dali furioso e foi contar ao seu amigo macaco o que tinha acontecido. O macaco
disse-lhe:
-
Amigo, não podes ter essa atitude! A inveja é muito feia, cada um tem os seus
atributos. Não podes querer o que os outros têm.
O lince
foi refletir sobre o que o seu amigo lhe tinha dito e acabou por lhe dar razão.
Tomás Freitas
O GATO E O CAVALO
Num dia em que o Sol dava as suas primeiras carícias,
depois de um rigoroso inverno, o gato procurou o seu amigo cavalo.
– Olá cavalo, sabias que os meus
donos têm três filhos, uma casa chique com três pisos, piscina e também uma
casa gigante só para mim? – disse o gato cheio de sorrisinhos.
– Então
diz-me o nome dos três filhos. A piscina tem bóias de que desenhos? E qual é a
decoração da tua casa?
O gato
ficou stressado, gaguejou e disse:
– Aaaahhh
que perguntas tão elaboradas, os três fi-filhos chamam-se… na-não interessa.
Mas o que são bóias?
– Bem se a
casa tem piscina também devia ter bóias para as crianças. Mas eu não quero
interromper-te, continua!
– E o
gato de tanto ficar aflito começou a tremer e fugiu para a cidade.
O cavalo
como era muito amigo do gato, conhecia-o bem e já sabia que quando ele começava
com muitos sorrisinhos estava a mentir, por isso confrontou-o com as perguntas.
Então já
sabem crianças que não se deve mentir e muito menos às pessoas que já vos conhecem
bem.
Juliana Graça
O javali e o elefante.
Numa bela tarde
de verão, o javali resolveu ir visitar o
elefante.
-Olá elefante, vamos
brincar nas poças de lama ?
-Olá javali, mas
é perigoso! Não podemos sair sozinhos, há muitos caçadores por aí.
-Mas está tão quente
! Vamos só um pouquinho, não há problema.
E
lá foram os dois. Brincaram a tarde toda e nada lhes aconteceu.Voltaram para
casa e combinaram ver-se no dia seguinte.
No dia seguinte, eles estavam a brincar,
quando de repente ouviram um barulho e ficaram assustados. Era a mãe deles, que
os levou para casa e lhes deu uma bronca.
Alguns
dias depois eles voltaram a fugir para as poças, mas não tiveram a mesma sorte,
pois quando estavam a brincar distraídos uns caçadores aproximaram-se e eles já
não tinham para onde fugir. Então, começaram a gritar por socorro.
Uma manada de búfalos, que passava por
ali ouvindo os gritos, correu em direção das poças assustando os caçadores. O
elefante e o javali correram para suas casas e prometeram nunca mais
desobedecer às suas mães.
Aprenderam
a lição, pois nunca mais saíram sozinhos e nunca mais desobedeceram suas mães.
Luiz Cijerza
A
Lagarta triste e o seu amigo urso
Era
uma vez uma lagarta pequenina que andava sempre triste e a chorar.
Os
seus pais perguntavam-lhe por que razão andava ela sempre a chorar e ela
respondia:
-
Sou feia, verde e pequenina!
Os
pais logo lhe disseram que com o passar do tempo, ela ia crescer e tornar-se
numa linda borboleta. Disseram-lhe muitas vezes que isso ia acontecer, mas ela
nunca acreditava, porque o tempo passava e… nada… ficava sempre igual.
Um
certo dia, andava a passear no bosque, quando encontrou um urso bebé a chorar. Preocupada,
perguntou -lhe o que se passava.
O
ursinho estava triste, porque também era pequeno e queria ser grande e forte
como os pais. A borboleta que sentia o mesmo, disse-lhe:
-
Percebo-te amigo, eu também estou triste… Sou pequena e feia, mas todos me dizem
que vou ser uma linda borboleta… Mas nunca mais fico assim!
O
ursinho pensou que podia ajudar a amiga. Deu-lhe para comer muitas folhinhas
tenrinhas e frescas, que ela foi transformando em fios de seda… Com o passar do
tempo, ela construiu um casulo e ficou lá dentro algum tempo. O ursinho não a
abandonou e ficou a vigiá-la.
Até
que um dia, de dentro do casulo, surgiu uma linda borboleta colorida e linda.
Quando
viu o ursinho, ela até chorou de alegria. Este disse-lhe:
-
Vês? Afinal era verdade, olha que linda que estás!
A
borboletinha olhou para ele e disse:
-
Pois é, mas tu também estás diferente. Estás maior e com o pelo muito bonito. Acho
que o teu desejo também se realizou.
-
Sim! Estou maior. Estou mesmo bonito e grande! – disse sorrindo
Ficaram os dois todos
contentes e nunca mais deixaram de ser grandes amigos.
Leonor Barradas
Os sonhos do Daniel
Era uma vez um menino
que se chamava Daniel e sonhava com muitos monstros como o raturso, o abelhafa
e o papagato, mas esses sonhos acabaram.
Num dia de sol, o Daniel
andava a brincar na praia e caiu numa gruta que estava coberta de areia. Ultrapassado
o pânico da queda, andou em frente e encontrou um escrito que dizia que para
acabar com os sonhos estranhos se prenuncia aquelas palavras em voz alta. Então o Daniel esperançoso pronunciou
as palavras. Como o dia estava quase a acabar, escalou as paredes da gruta e
foi para casa dormir. Mas ele não
tinha lido a inscrição toda! Ali dizia que havia um efeito secundário que era
ficar sonolento.
Quando acordou, foi para
a escola, mas quando a professora estava a explicar uma coisa importante ele
adormeceu. Quando acordou havia uma ficha sobre o que ela explicou e como era
esperado a professora notou que o Daniel estava distraído e avisou-o. Mas isso
aconteceu muitas vezes e por isso ligou aos pais do Daniel e eles zangaram-se. Entretanto,
eles chegaram a um acordo: ele não
voltaria a estar desatento nas aulas.
Daniel, dirigiu-se à
gruta e encontrou a reversão
que estava escondida e a reversão
era uma poção.
Bebeu-a.
No final tudo voltou ao
normal e viveu feliz para sempre, porque confiou nas suas capacidades.
Tomás Zarcos
A Princesa
Diana.
Era uma vez uma princesa que se
chamava Diana e que estava apaixonada pelo príncipe Francisco. Mas, ela estava
presa numa torre muito alta. Tinha sido presa pela mãe que temia que ela
tivesse um simples arranhão.
Certo dia, o príncipe decidiu convidá-la para sair. Ele estava
a pensar numa forma de a tirar dali, mas a princesa teve uma ideia e disse:
-Podíamos usar uma corda. Tu seguras na ponta para eu descer,
mas apanhas- me para eu não cair, nem me aleijar.
- Ok , eu vou fazer
isso. Tu não podes cair, nem te aleijar, porque a tua mãe não pode saber que
saíste! – disse o príncipe.
- Como é que tu sabes ??? – perguntou a princesa.
- Foste tu que me disseste há pouco. Esqueceste-te? – o
príncipe Francisco sabia tudo, por isso usou uma desculpa.
-Eu não me esqueci! Eu nunca te disse o meu maior segredo! Mas
como te amo deixo-te ficar com o meu segredo! – disse ela corada. - Qual é o
teu segredo?
- O meu segredo… é que eu ajudei a tua mãe a prender-te,
desculpa. Agora vim ajudar-te !-disse o príncipe Francisco.
O príncipe Francisco e a princesa namoraram para sempre.
Iara Mendes
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