segunda-feira, 25 de maio de 2020

As vossas histórias


O Dragão Damião e o Arco-Íris


            Era uma vez um dragão que vivia num castelo abandonado, na Terra dos Dragões Cinzentos. Chamava-se Damião, era baixo e rechonchudo. Para além de ser gordinho, tinha uma caraterística que o distinguia dos restantes dragões que ali moravam. O Damião era roxo, por isso, era gozado por todos na terra.
Ele sentia-se triste e diferente. Achava que não era um verdadeiro dragão, forte e cinzento como todos os outros, mas aquilo que realmente o deixava triste era a sua cor roxa.
- Mas porque é que eu nasci assim, com esta cor roxa? Porque é que não sou da mesma cor que todos os outros dragões que conheço? – chorava o dragão Damião, muito desgostoso com a sua situação.
Até que um dia, do alto da torre do castelo, olhou para o horizonte e viu um Arco-Íris como nunca tinha visto. De repente, ouviu uma voz que lhe disse:
- Olá, Damião!
- Olá! Quem está a falar comigo? – perguntou o Damião muito assustado.
- Sou eu! Aqui! Estou mesmo à tua frente. – disse o Arco-Íris.
- Oh! Desculpa! Não te estava a ver! Os meus olhos quase cegaram com as tuas cores brilhantes. – explicou o Damião enquanto esfregava os olhos.
- Ah! Ah! Ah! É normal! Eu sou o Arco-Íris mais colorido e brilhante de todo o planeta… sabes porque estou a falar contigo?
- Não! – disse o Damião admirado.
- Como nunca saíste desta terra, vou levar-te comigo numa viagem. Vais conhecer uma terra fantástica. Vem comigo! Segue-me!
E assim fez o Damião. Seguiu o Arco-Íris até ao seu fim, onde as cores terminavam no chão, e quando olhou à sua volta, nem queria acreditar no que estava a ver… Dragões de todas as cores e tamanhos!
- Bem-vindo à Terra dos Dragões Coloridos! – exclamou o Arco-Íris.
- Mas que terra cheia de cor! – disse o Damião pasmado.
- Como podes ver, aqui todos são diferentes! E todos se respeitam! – afirmou o Arco-Íris.
- Estou admirado! Pensei que só havia dragões cinzentos, fortes e valentes! Na minha terra, sou o único de cor roxa. Sou baixo, gordo e não tenho a coragem de um verdadeiro dragão, por isso, todos gozam comigo. – disse o Damião um pouco triste.
- Não fiques triste! Olha à tua volta! Olha para aquele dragão verde! Já viste como coxeia da perna esquerda? E aquele ali, tão alto? Sempre que quer entrar em algum sítio tem de baixar a cabeça para não bater com ela!
- Realmente, eles também têm as suas dificuldades! Tal como eu… São diferentes…
- Pois são! Mas sabes o que é que os distingue realmente de ti? – perguntou o Arco-Íris.
- Um é coxo e o outro é alto? – perguntou o Damião.
- Não! Enquanto tu vives triste e angustiado por causa daquilo que os outros possam pensar de ti, eles não querem saber, pois vivem felizes tal como são. – explicou o Arco-Íris.
E naquele momento os olhos do Damião iluminaram-se. Finalmente tinha percebido que os dragões não tinham de ser todos iguais, cinzentos e valentes.
Ali, na Terra dos Dragões Coloridos, todos eram diferentes e todos viviam felizes, porque era com as diferenças que aprendiam a respeitarem-se uns aos outros.
«Um dia destes venho viver para aqui», pensava o Damião ao mesmo tempo que dizia adeus ao Arco-Íris. «Agora vou regressar ao meu castelo abandonado, e vou viver feliz tal como sou».
E enquanto regressava a casa, desapareceu por entre as montanhas a cantar:
«Sou o Dragão Damião, sou roxo e gorducho
Não sou muito valente, mas gosto muito de ser como sou!»
Vitória, vitória, acabou a história!

Tiago Carvalho




O Polvo e o Peixe


 Era uma vez um polvo que vivia sozinho numa gruta rodeada de corais arco-íris. Esse polvo achava que tinha tudo, mas na verdade só tinha a gruta, a sua cama, as maravilhosas pérolas dos mares, alguns tesouros abandonados no mar que ele recolheu nas suas viagens, alimento e uns belos corais. 
Um dia enquanto tomava o pequeno-almoço o polvo ouviu bater à porta .Truz, truz, truz, truz!!!!!!!!!
 -Quem é?-perguntou o polvo espantado, porque não era habitual ter visitas.
- Sou o peixe Pedro e gostava muito de conversar contigo e de ser teu amigo.
-Nem pensar! Eu não preciso de um amigo! Já tenho tudo o que preciso… tenho a gruta, a cama, as maravilhosas pérolas dos mares, tesouros, alimento e corais. – disse o polvo com um ar convencido e altivo.
-Tens a certeza? - disse o peixe Pedro. - Olha que um amigo faz falta a toda a gente.
-Tenho a certeza, agora desaparece da minha vista antes que eu te coma. - dizendo isto, o polvo fechou a porta com um estrondo.
 Depois sentou-se na sua poltrona, pensativo, e só se lembrava do peixe e na desilusão que ele deveria ter sentido.
Na verdade o polvo sentia-se triste e sozinho, mas nunca tinha pensado muito nisso e aquele peixe despertou-lhe esse pensamento. Ganhou coragem e saiu da gruta à procura do pobre peixe. Fartou-se de chamar por ele e para seu espanto o peixe apareceu.
-Mudaste de ideias? - disse o peixe Pedro. - Não tens nada para me dizer?
- Desculpa peixe. Estive a pensar e na realidade tudo o que eu tenho não me faz feliz porque na verdade eu não tenho o mais importante, não tenho um amigo para conversar e brincar…
-Nesse caso podemos ser amigos. - disse o peixe Pedro entusiasmado.
-Sim! - concordou o polvo.
-Olha queres ir jantar a minha casa?- perguntou o polvo.
- Eu quero, mas não me vais comer ? - disse o peixe em tom de brincadeira!
 - E lá formam os dois muito animados a rodopiar e a cantarolar.
Nesse dia o polvo descobriu o seu tesouro mais precioso, a amizade.  Os dois amigos viveram felizes para sempre nas profundezas do mar. 

Eva Cunha





Uma História de Encantar
Era uma vez uma bela menina que passava a vida, na sua torre de vigia. Estava assim confinada apenas a um pequeno espaço no cimo da torre, mas que tinha uma bela vista. Do lado virado para o monte, vislumbrava um recatado mosteiro, onde todos os dias acordava o Sol. Do outro lado da torre, via ao longe o mar com barquinhos a navegar.
Todos os belos dias, passava a escova pelo cabelo, tempos sem fim. Tinha cabelos longos e sedosos cor do fogo, os olhos eram como amêndoas num tom de duas cores, os lábios encarnados como gelado de morango e usava um vestido num azul sulfato, que lhe encaixava como num manequim.
Mas, enquanto escovava o cabelo, suspirou cansada dos seus dias sempre iguais, e foi então que vislumbrou, no sopé da colina verdejante, um belo rapaz a trote no seu cavalo. Quando ele passava junto da torre, disse:
- Rapaz! Podes-me trazer qualquer coisa para animar o meu dia?
  O rapaz, olhou-a pelo canto do olho e elevando a cabeça na direção da torre, num breve movimento da mão, orientou o seu cavalo amigo, para perto, e disse:
- Que posso fazer para isso acontecer?
Então a bela menina, disse-lhe que desejava ver os locais até onde a levavam os seus olhos na paisagem, e conhecer um pouco do mundo que até ali ainda não conhecera. E o Belo jovem ajudou a menina a descer da sua torre, a montar o cavalo e partiram para a aventura, pois a jovem tinha encontrado um bom amigo.

Duarte Afonso

A princesa das Trevas e a bruxa Lulu
Numa galáxia muito distante existia um rei e uma rainha, chamados Afonso e Luana, que deram à luz uma princesa. Era uma princesa muito diferente das outras, ela estava sempre com um ar meio… aterrador e os pais ficavam dia e noite acordados a pensar num modo de descobrir o que lhe tinha acontecido.
Um dia tiveram uma grande ideia! Pediram aos guardas reais para correrem o mundo à procura de alguém que conseguisse perceber o que tinha acontecido à princesa. Depois de duas semanas, o rei e a rainha decidiram que só iam escolher o nome da princesinha quando ela fizesse 10 meses, porque só então saberiam se ela ia ficar para sempre com aquele rosto aterrador. Passaram-se tempos e mais tempos e a princesa finalmente fez 10 meses, o que significava que o rei Afonso e a rainha Luana tinham de finalmente decidir o nome dela. Como a pequena princesa continuava com um rosto assustador, os reis decidiram dar-lhe o nome de Princesa das Trevas.
Passaram-se anos e anos e a Princesa das Trevas fez finalmente 18 anos. Durante a sua festa aterradora, os guardas finalmente chegaram. O rei e a rainha ficaram impressionados, quando viram que os guardas reais tinham trazido uma bruxa mal-amanhada e perguntaram se a tinham levado para a pôr nas masmorras, porque as bruxas normalmente enfeitiçam as pessoas. Os guardas disseram que finalmente tinham encontrado a pessoa certa para descobrir o que tinha a princesa. Os reis perguntaram então à bruxa:
- Como te chamas?
- Chamo-me Bruxa Lulu. – respondeu a bruxa.
A bruxa Lulu disse à Princesa para a levar ao seu quarto, porque só assim poderia analisar a situação.
Quando a Lulu viu o quarto da Princesa das Trevas ficou assustada. Eram livros de feitiços, caldeirões, uma grande coleção de varinhas, várias poções, etc. A bruxa tirou logo uma conclusão: a Princesa das Trevas era realmente uma princesa, mas uma princesa má, como as bruxas, porque nem todas as princesas são boas. Os reis não conseguiam acreditar no que ouviam, então perguntaram-lhe:
- E por que razão deveríamos acreditar numa bruxa?
- Pois, porque nem todas as bruxas são más, e eu sou uma delas. Eu posso ter o corpo de uma bruxa, mas a atitude de uma princesa.
Desde então, o rei Afonso e a rainha Luana, com muito amor, paciência e persistência, começaram a educar a Princesa das Trevas a ter as atitudes de uma princesa.
E COM POZINHOS DE PERLIMPIMPIM, A NOSSA HISTÓRIA CHEGOU AO FIM

Luna Oliveira



O lince e o papagaio

Era uma vez um belo lince que vivia num jardim zoológico. Quando saía do seu covil, os visitantes que por lá passavam exclamavam:
- Oh, que lindo!
Estas palavras eram ditas várias vezes ao longo do dia e ele ficava cada vez mais vaidoso e convencido.
Certo dia, ao passear pelo jardim, viu uma multidão que observava um papagaio com muita admiração. O lince ficou irritado e ficou com ciúmes. Ele pensou que era bem mais bonito e interessante do que o seu amigo. Ele ficou a espreitar e viu que as pessoas achavam graça ao papagaio, porque ele repetia todas as palavras que elas diziam. As pessoas aplaudiam com muito entusiasmo, como nunca ninguém o tinha feito ao vê-lo.
Saiu dali furioso e foi contar ao seu amigo macaco o que tinha acontecido. O macaco disse-lhe:
- Amigo, não podes ter essa atitude! A inveja é muito feia, cada um tem os seus atributos. Não podes querer o que os outros têm.
O lince foi refletir sobre o que o seu amigo lhe tinha dito e acabou por lhe dar razão.

Tomás Freitas


O GATO E O CAVALO

Num dia em que o Sol dava as suas primeiras carícias, depois de um rigoroso inverno, o gato procurou o seu amigo cavalo.
– Olá cavalo, sabias que os meus donos têm três filhos, uma casa chique com três pisos, piscina e também uma casa gigante só para mim? – disse o gato cheio de sorrisinhos.
– Então diz-me o nome dos três filhos. A piscina tem bóias de que desenhos? E qual é a decoração da tua casa?
O gato ficou stressado, gaguejou e disse: 
– Aaaahhh que perguntas tão elaboradas, os três fi-filhos chamam-se… na-não interessa. Mas o que são bóias?
– Bem se a casa tem piscina também devia ter bóias para as crianças. Mas eu não quero interromper-te, continua!
 – E o gato de tanto ficar aflito começou a tremer e fugiu para a cidade.
 O cavalo como era muito amigo do gato, conhecia-o bem e já sabia que quando ele começava com muitos sorrisinhos estava a mentir, por isso confrontou-o com as perguntas.
 Então já sabem crianças que não se deve mentir e muito menos às pessoas que já vos conhecem bem.
Juliana Graça



                       O javali e o elefante.

Numa bela tarde de verão, o javali resolveu ir  visitar o elefante.
-Olá elefante, vamos brincar nas poças de lama ?
-Olá javali, mas é perigoso! Não podemos sair sozinhos, há muitos caçadores por aí.
-Mas está tão quente ! Vamos só um pouquinho, não há problema.
E lá foram os dois. Brincaram a tarde toda e nada lhes aconteceu.Voltaram para casa e combinaram ver-se no dia seguinte.
No dia seguinte, eles estavam a brincar, quando de repente ouviram um barulho e ficaram assustados. Era a mãe deles, que os levou para casa e lhes deu uma bronca.
 Alguns dias depois eles voltaram a fugir para as poças, mas não tiveram a mesma sorte, pois quando estavam a brincar distraídos uns caçadores aproximaram-se e eles já não tinham para onde fugir. Então, começaram a gritar por socorro.
Uma manada de búfalos, que passava por ali ouvindo os gritos, correu em direção das poças assustando os caçadores. O elefante e o javali correram para suas casas e prometeram nunca mais desobedecer às suas mães.
Aprenderam a lição, pois nunca mais saíram sozinhos e nunca mais desobedeceram suas mães.
Luiz Cijerza


                                    A Lagarta triste e o seu amigo urso

Era uma vez uma lagarta pequenina que andava sempre triste  e a chorar.
Os seus pais perguntavam-lhe por que razão andava ela sempre a chorar e ela respondia:
- Sou feia, verde e pequenina!
Os pais logo lhe disseram que com o passar do tempo, ela ia crescer e tornar-se numa linda borboleta. Disseram-lhe muitas vezes que isso ia acontecer, mas ela nunca acreditava, porque o tempo passava e… nada… ficava sempre igual.
Um certo dia, andava a passear no bosque, quando encontrou um urso bebé a chorar. Preocupada, perguntou -lhe o que se passava.
O ursinho estava triste, porque também era pequeno e queria ser grande e forte como os pais. A borboleta que sentia o mesmo, disse-lhe:
- Percebo-te amigo, eu também estou triste… Sou pequena e feia, mas todos me dizem que vou ser uma linda borboleta… Mas nunca mais fico assim!
O ursinho pensou que podia ajudar a amiga. Deu-lhe para comer muitas folhinhas tenrinhas e frescas, que ela foi transformando em fios de seda… Com o passar do tempo, ela construiu um casulo e ficou lá dentro algum tempo. O ursinho não a abandonou e ficou a vigiá-la.
Até que um dia, de dentro do casulo, surgiu uma linda borboleta colorida e linda.
Quando viu o ursinho, ela até chorou de alegria. Este disse-lhe:
- Vês? Afinal era verdade, olha que linda que estás!
A borboletinha olhou para ele e disse:
- Pois é, mas tu também estás diferente. Estás maior e com o pelo muito bonito. Acho que o teu desejo também se realizou.
- Sim! Estou maior. Estou mesmo bonito e grande! – disse sorrindo
Ficaram os dois todos contentes e nunca mais deixaram de ser grandes amigos.

Leonor Barradas

Os sonhos do Daniel

Era uma vez um menino que se chamava Daniel e sonhava com muitos monstros como o raturso, o abelhafa e o papagato, mas esses sonhos acabaram.
Num dia de sol, o Daniel andava a brincar na praia e caiu numa gruta que estava coberta de areia. Ultrapassado o pânico da queda, andou em frente e encontrou um escrito que dizia que para acabar com os sonhos estranhos se prenuncia aquelas palavras em voz alta. Então o Daniel esperançoso pronunciou as palavras. Como o dia estava quase a acabar, escalou as paredes da gruta e foi para casa dormir. Mas ele não tinha lido a inscrição toda! Ali dizia que havia um efeito secundário que era ficar sonolento.
Quando acordou, foi para a escola, mas quando a professora estava a explicar uma coisa importante ele adormeceu. Quando acordou havia uma ficha sobre o que ela explicou e como era esperado a professora notou que o Daniel estava distraído e avisou-o. Mas isso aconteceu muitas vezes e por isso ligou aos pais do Daniel e eles zangaram-se. Entretanto, eles chegaram a um acordo: ele não voltaria a estar desatento nas aulas.
Daniel, dirigiu-se à gruta e encontrou a reversão que estava escondida e a reversão era uma poção. Bebeu-a.
No final tudo voltou ao normal e viveu feliz para sempre, porque confiou nas suas capacidades.
 Tomás Zarcos


A Princesa Diana.

Era uma vez uma princesa que se chamava Diana e que estava apaixonada pelo príncipe Francisco. Mas, ela estava presa numa torre muito alta. Tinha sido presa pela mãe que temia que ela tivesse um simples arranhão.
Certo dia, o príncipe decidiu convidá-la para sair. Ele estava a pensar numa forma de a tirar dali, mas a princesa teve uma ideia e disse:
-Podíamos usar uma corda. Tu seguras na ponta para eu descer, mas apanhas- me para eu não cair, nem me aleijar.
- Ok ,  eu vou fazer isso. Tu não podes cair, nem te aleijar, porque a tua mãe não pode saber que saíste! – disse o príncipe.
- Como é que tu sabes ??? – perguntou  a princesa.
- Foste tu que me disseste há pouco. Esqueceste-te? – o príncipe Francisco sabia tudo, por isso usou uma desculpa.
-Eu não me esqueci! Eu nunca te disse o meu maior segredo! Mas como te amo deixo-te ficar com o meu segredo! – disse ela corada. - Qual é o teu segredo?
- O meu segredo… é que eu ajudei a tua mãe a prender-te, desculpa. Agora vim ajudar-te !-disse o príncipe Francisco.
O príncipe Francisco e a princesa namoraram para sempre.
                                                                                                   Iara Mendes


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