BEM-VINDOS AO PLANETA
MARTE
Que belo dia ! Os raios solares
preenchem o azul do céu, as plantas estão coloridas a anunciar a primavera e os
animais saem das suas tocas.
Durante este passeio estou a sentir e
observar todos os pequenos pormenores da mãe natureza e não só. Vejam bem o que
acabei de avistar! Será uma máquina, um veículo ou uma nave?
Curioso como sou, e sem pensar, comecei a
correr até junto da tal coisa. Se é assim por fora, por dentro só vendo. Entrei
de uma só vez naquela nave.
Bem, mas o que é isto?
Eu vi muitos botões, luzes a brilhar,
tubos e uma alavanca. Nem pensei duas vezes. Zás! Puxei-a para ver a reação da
grande máquina…Puf !!!! UFFFFF…
Mas o que é isto?!!!! Ai, Ai, o que é
que está a acontecer ?!!!!!!!
Senti um friozinho no estômago, as
pernas a tremer e os pés a levantar voo……Oh oh …..Não são só os meus pés que estão
no ar. Também está o meu corpo! E esta maquineta que nem sei como funciona
verdadeiramente, como a vou parar?!
«Calma!» Ouvi uma voz muito doce
vinda bem lá do fundo.
Não sei bem explicar, mas consegui
tranquilizar-me e começar a pensar. Isto deve ter algum manual de instruções,
certo? Olhei em redor.
Deixa cá ver este livro grande e
cheio de códigos e palavras esquisitas que se encontra aqui, bem perto de mim e
de todos estes comandos e botões.
Podem não acreditar, mas por
tentativa e erro, consegui estabilizar o aparelho. Senti-me mais seguro. Mas
para onde se dirigia a nave? Não fazia ideia!
Passado alguns minutos, que para mim
foram horas, senti um grande estrondo. Meu Deus, o que é isto? Onde estou? Lá
fora era tudo avermelhado, semelhante à cor do ferro oxidado. Conseguem
visualizar? Vou tentar sair para dar uma olhadela no exterior!
Curioso ! Isto aqui é rochoso e
faz-me lembrar os vulcões que conheci nas férias do Verão passado em Lanzarote.
Se bem que aqui está muito frio. Sinto o Sol muito distante. Tudo isto está a
provocar-me medo e pânico! Se ao menos encontrasse alguém.
O que será aquele amontoado de ferro,
com antenas por todos os lados de cor verde?
Vou caminhando e sinto um cheiro
nauseabundo, ouço vozes esquisitas e apercebo-me de movimentos lentos. A
situação está complicada para os meus lados! Mas onde é que eu me fui meter?!
Oh não!!!! Aquela coisa vem na minha direção e eu sem saber o que fazer. Vou
correr até à nave, mas onde está ela? Agora sim, que grande sarilho!!!!!! Será
que consigo estabelecer algum tipo de contacto, alguma conversa, algum pedido,
o que seja?
Estamos cada vez mais próximos e
estão a tentar tocar-me, sinto o meu corpo assustado, a minha cabeça às voltas
e …uns lábios a tocar na minha face.
«Bom dia meu querido! É hora de
acordar, a professora Jacinta já deve ter enviado os trabalhos que vais fazer
hoje com muita atenção ! »
Depois de tanta agitação, levantei-me
e percorri todo o espaço da minha “nave “ para ter a certeza que estava com os
pés bem assentes na Terra.
E assim, surgiu este pequeno momento
de leitura.
Parabéns, Gaspar.
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